O Blockchain é muito mais do que a tecnologia por trás do Bitcoin.

Aplicações além das criptomoedas já estão em operação para sistemas que precisam garantir a imutabilidade e rastreamento de informações. Entre eles estão os smart contracts, que são contratos auto executáveis que não precisam de intervenção para executar condições específicas de um acordo.

Dois simples exemplos na aplicação de um smart contract são as ações que uma seguradora deve realizar ao ser acionada em caso de um sinistro, ou quando uma empresa deve realizar o pagamento de uma comissão num contrato de compra e venda. Nas operações tradicionais, ações como essas não são necessariamente transparentes, imediatas ou imutáveis. Ainda mais se considerarmos a conta da corrupção, erros de operação e os diversos silos de informações que não se falam.

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A proposta do blockchain é resolver estes problemas através de um protocolo e uma rede de blocos distribuídos onde informações estão gravadas em diversos repositórios, mas acessadas por quem de direito através de chaves criptografadas. Qualquer tentativa de modificação, por menor que seja, invalida toda a cadeia de blocos e as modificações autorizadas só incrementam informações em novos blocos e não alteram os blocos anteriores.

É por isso que os investidores das criptomoedas defendem o bitcoin como uma moeda rastreavel, diferente dos ativos financeiros atualmente existentes. Numa aplicação simples, se eu tenho U$ 1,000 equivalentes em bitcoins seria possível rastrear a fonte do dinheiro desde a sua criação (mineração), mas quase impossível de se fazer ao se encontrar o mesmo valor em dinheiro.

O pulo do gato da tecnologia está aqui: Um ledger ou livro-razão, que registra os dados com a garantia de imutabilidade e plenamente acessível por todas as pontas do processo. Portanto, um único repositório mantém a informação que é acessível a todos os de direito.

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Hoje no Brasil, para ‘garantir’ a legalidade do processo, registrarmos em cartório contratos e documentos que necessitam ser imutáveis. Todos conhecemos os custos e a burocracia envolvida neste processo. Além disso, se a transação necessitar de reconhecimento internacional é provável que você tenha que registrar o mesmo contrato, nos respectivos países. Uma transação que exige agilidade levará meses para ser confirmada.

Se você deseja um pouco mais de informação de como implementar a tecnologia, dê uma olhada no post do Eric Martins, nosso líder de desenvolvimento.